quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Pró-vida sim! Por que não?

Esses dias li um editorial sobre a legalização – ou não – do aborto que dizia existir dois grupos nesse debate, e os intitulou de os “pró-vida” e os “pró-escolha”. Ao ler como haviam sido rotuladas as pessoas a favor da legalização do aborto (“pró-escolha”), me indignei. Por que também não podem ser considerados a favor da vida? Eles lutam para que menos mulheres morram em ambientes anti-higiênicos, nas mãos de “profissionais” não-capacitados e com seus filhos mortos em seus úteros; já que nessas condições o mais provável é que se percam DUAS vidas e não apenas uma. Entendam: a questão não é destruir uma vida, e sim, salvar outra. A legalização do aborto, ao contrário do que julgam certos grupos, não incentivará as mulheres a o fazerem. As que farão já fariam mesmo que fosse clandestinamente. O que se tem que fazer é trabalhar num plano do governo que conscientize as mulheres de que abortar é um risco – talvez desnecessário – que se corre; e que elas, somente elas em seus papéis de mães, são responsáveis pela vida que está nascendo em seu corpo. Tem que se deixar claro que pode ocorrer erros na cirurgia, não concluir o aborto e a criança nascer deficiente; que dependendo do estilo de vida que a mãe leva e da sua saúde, as duas vidas podem ser perdidas, ou mesmo só a mãe morrer na mesa de operação e essa criança vir ao mundo sem nenhuma estrutura familiar. Para tudo fluir bem e de forma responsável, basta o governo saber – e querer – conciliar o “direito” das mulheres e a difusão da informação sobre a prevenção. Aí, sim, teremos solucionado um – ou vários – problema e mostrando um Brasil no nível de um país desenvolvido e moderno.

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