Sabe aquele
tom de espanto: “nossa, você lê Capricho?” - o mesmo que provavelmente você
está tendo agora. Ouço-o muito mais do que pretendia. As pessoas estão
acostumadas a verem só a forma mais visível de preconceito - racial, social e
homossexual -, mas existem muitos outros nas entrelinhas da opinião pública.
Desde as roupas que você veste até os programas que vê.
Big
Brother, novela e desenhos, quem assiste, reconhece o quanto costumam falar mal
disso tudo dizendo que não presta ou que não traz informação. “Pera” aí. Não traz
informação para quem? Não concordo que só o público-alvo da TV Globinho, por
exemplo, é digno de assisti-lo. Quem o faz são adultos e jovens, meus queridos!
E alguém, na minha opinião, só faz bem algo que conhece a fundo. Como conhecer
sem acompanhar?
Eu, leitora
assumida da Capricho e telespectadora assídua de Rebelde e Disney Channel (tá. Assumo. Dou uma olhadinha
em Malhação também), me deparo
frequentemente com a espantosa pergunta que dá nome ao título, seguida
de risadinhas por eu gostar de conteúdo “impróprio” para a minha idade. Os
comentários seguintes são que essas mídias nada têm de informação válida, de
acordo com a concepção deles. Enquanto esses jornalistas em formação brigam e
saem no tapa para aparecer e mostrar quem sabe discutir melhor sobre política e
economia, eu vou mantendo a minha prioridade numa das áreas de menos
concorrência, e conhecendo muito bem o mundo para o qual desejo falar.
Assim como
toda gente que curte e produz o mundo teen,
Selena Gomez não deixaria de ser alvo. Muitos nem sequer conhecem o trabalho
dela, apenas já ouviram falar nela como a namoradinha do Bieber, e cismam em
ter a sua opinião definida sobre a adolescente. Não entendo lá muito de música,
mas, cá entre nós, quem vai dizer que “Hit
the lights” não é um single para
dominar as pistas de dança?
É... no
fundo, no fundo, todo mundo gosta de fugir do Jornal Nacional e dar uma
olhadinha na MTV de vez em quando.
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