quinta-feira, 26 de abril de 2012

Nossa, você lê Capricho?


Sabe aquele tom de espanto: “nossa, você lê Capricho?” - o mesmo que provavelmente você está tendo agora. Ouço-o muito mais do que pretendia. As pessoas estão acostumadas a verem só a forma mais visível de preconceito - racial, social e homossexual -, mas existem muitos outros nas entrelinhas da opinião pública. Desde as roupas que você veste até os programas que vê.

Big Brother, novela e desenhos, quem assiste, reconhece o quanto costumam falar mal disso tudo dizendo que não presta ou que não traz informação. “Pera” aí. Não traz informação para quem? Não concordo que só o público-alvo da TV Globinho, por exemplo, é digno de assisti-lo. Quem o faz são adultos e jovens, meus queridos! E alguém, na minha opinião, só faz bem algo que conhece a fundo. Como conhecer sem acompanhar?

Eu, leitora assumida da Capricho e telespectadora assídua de Rebelde e Disney Channel (tá. Assumo. Dou uma olhadinha em Malhação também), me deparo frequentemente com a espantosa pergunta que dá nome ao título, seguida de risadinhas por eu gostar de conteúdo “impróprio” para a minha idade. Os comentários seguintes são que essas mídias nada têm de informação válida, de acordo com a concepção deles. Enquanto esses jornalistas em formação brigam e saem no tapa para aparecer e mostrar quem sabe discutir melhor sobre política e economia, eu vou mantendo a minha prioridade numa das áreas de menos concorrência, e conhecendo muito bem o mundo para o qual desejo falar.

Assim como toda gente que curte e produz o mundo teen, Selena Gomez não deixaria de ser alvo. Muitos nem sequer conhecem o trabalho dela, apenas já ouviram falar nela como a namoradinha do Bieber, e cismam em ter a sua opinião definida sobre a adolescente. Não entendo lá muito de música, mas, cá entre nós, quem vai dizer que “Hit the lights” não é um single para dominar as pistas de dança? 

É... no fundo, no fundo, todo mundo gosta de fugir do Jornal Nacional e dar uma olhadinha na MTV de vez em quando.


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