Carlos
Marcelo consegue resistir à desequilibrada vida pessoal de Renato e faz o que
poucos autores têm coragem de fazer: vende a história do astro e não da pessoa.
Um livro
sem medo de não escancarar e não vulgarizar a vida de um ídolo nacional. Ainda,
sim, acho um tiro no escuro não ter entrado em detalhes da vivência de Júnior.
Seria uma boa história – e aposto que muitos leitores, após terminar o livro,
ficaram com “sede” de resposta. Qual a razão ou inspiração para letras
memoráveis como “Quase sem querer”, “Eduardo e Mônica”, “Será”, entre outras?
Corajoso, mas deixou a desejar.
Nos últimos
anos de vida, Renato começou a planejar sonhos antigos, como virar cineasta.
Sua vontade era que, além da cinebiografia da Legião, também fosse parar nas
telas do cinema as famosas histórias de Eduardo e Mônica, e do Faroeste
Caboclo. Bom, um de seus sonhos tem a estreia marcada para 30 de maio. Já o
outro – Eduardo e Mônica – teve alguns clipes reconstruídos que valem a pena
serem vistos (abaixo).
Uma vez
Renato questionou: “O público esqueceu Elvis Presley, quando ficou dois anos no
Exército, sem tocar? Ou esqueceu Jerry Adriani? Rock é sintonia.” Ele tinha
razão. Rock é sintonia. 16 anos sem Renato Russo e seus pedaços, os mais
preciosos, ainda estão com a gente, os filhos da Geração Coca-Cola.
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