terça-feira, 9 de outubro de 2012

Não vá embora

A história do casal que fez as pazes. De novo



Hoje estava tendo uma discussão muito alta aqui na minha rua. Sabe quando ambos os namorados começam a gritar, sem perceber, de tão nervosos? Eles estavam exatamente assim. Não resisti. Levantei da cama e fui pra janela ver o que era a tal da briga. Um achava que o outro era culpado. Estavam os dois irritadíssimos um com o outro. Ele gritava: “O que eu fiz de errado, ‘véi’? O que eu fiz?” E parece que, mesmo entre ruas movimentadíssimas, a voz dele era soberana dentre todos os outros barulhos. Chegou a um ponto que a menina ficou tão nervosa, que foi embora. Ele foi atrás.
Aí deu aquele silêncio na rua. Reparei que várias cabecinhas apareceram nas janelas do prédio da frente enquanto rolava a “DR”. Voltei pro computador. Logo depois, de novo, a gritaria. Ela tinha que pegar o ônibus pra ir pra casa e precisava resolver aquilo logo, e ele queria falar, porque segundo ele, ela não estava deixando – e não estava mesmo. Ela fingia que não o ouvia e resmungava enquanto ele falava. Ele ficou triste.
Acho que teve um princípio de choro. Ela o abraçou. Falou umas coisas em seu ouvido – bem agarradinha a ele. Logo ele foi envolvendo o braço dele nela, dissolvendo toda aquela mágoa que estava tendo. Quando dei por mim, os dois já estavam se beijando e se abraçando forte novamente.
Nessa hora me dei conta do quanto é bom fazer as pazes. Fiquei ali, por alguns segundos, estagnada admirando o amor que ainda há entre eles. É sempre um alívio enorme saber que quem você ama teve mais motivos pra ficar do que pra ir embora. Pelo menos dessa vez.

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Por que as mulheres são tão chatinhas?

Gostaria imensamente de entender porque às vezes somos tão enjoadas. É chato perceber que não tolero ver no outro aquilo que eu sou. É um saco ter ciúme por tudo e por nada. Isso é como aquele profiteróles que adoro e que fico meses com desejo de comê-lo, mas quando finalmente o degusto, não aguento nem mais um pedacinho de tão doce. É enjoativo logo na primeira dose. Aguenta-se um pouco, mas o limite é uma linha bem tênue (mais do que eu queria).

Detesto ficar magoada com qualquer palavra mal posta. Foi só um errinho, a desculpa já foi pedida. Pra que tanto “chororô”? Sei que é por causa da TPM. Mas quem inventou por a culpa da nossa raiva, choros sem explicações e mudança de humor repentina na danada da TPM? Parece que isso é só uma desculpinha. Como se não tivéssemos coragem de assumir que ficamos brigadas durante uma semana inteira só porque ele disse que não gostou da nossa roupa na hora de sair (detalhe: nós pergutamos a opinião dele), e não por culpa da TPM (mas juro, ela é a culpada!).

É muito difícil tentar resolver um problema se você, mulher, continuar com um bico enorme e querendo que ele adivinhe o que ele fez de errado – na sua concepção – dessa vez. Caramba! É um saco quando fazem isso comigo. Por que raios faço isso com ele? Eu sei o que você vai alegar. Já se conhecem há anos, ele deveria saber tudo o que te incomoda e o que te agrada, certo? Mas ele não é adivinha para saber qual das tantas coisas que te chateiam foi a causa dessa sua cara fechada! Experimenta só ele fazer isso um dia contigo pra ver se vai aguentá-lo os tantos anos que ele já te aguenta.

Mulheres têm muitos lados bons. São lindas, cativantes, têm corpos e cabelos extremamente lindos – e invejáveis -, são carinhosas que só elas, mas para aguentá-las... É preciso amá-las muito. Muito mesmo!

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

O vírus "Circo Voador"

“Aumentem o som e apertem o cinto que nós vamos começar a subir”, exclamou Evandro Mesquita no show de estreia do Circo Voador. Trinta anos se passaram. Em meio às artes, malabarismos, boa música e a censura, foram estreladas grandes bandas e artistas como Blitz, Barão Vermelho e Kid Abelha (esta, por acaso, também completou 30 verões neste ano).

Blitz na 1° apresentação do Circo, em 1982

O bairro que hoje é o berço da boemia e da vida noturna carioca nasceu com o Circo Voador. “A Lapa só é a Lapa hoje porque ‘pintou’ um vírus lá. Esse vírus foi o Circo Voador”, explica Lenine. A casa de show aberta em outubro de 1982, no Arpoador, era de lona e tinha a intenção de ficar somente um mês com atrações culturais, dando um espaço para as bandas iniciantes mostrarem os seus talentos. Deu tão certo que mesmo sendo fechada durante oito anos (de 1996 a 2004), a diretora da casa Maria Juçá lutou e conseguiu reabrir o Circo Voador – pelo bem da música brasileira.

Sendo uma referência na história musical do país e um ponto turístico, a casa de show foi documentada por Tainá Menezes em comemoração aos trinta anos. “Circo Voador, A Nave” está previsto para chegar aos cinemas em outubro.

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Tô com sintomas de saudade

Agora anda frio por aqui. Não sei o que aconteceu. Acho que foi embora com você todo aquele céu azul, aqueles sorrisos intermináveis e aquelas risadas de doer a barriga. O cheiro ainda está por aqui - aquele que você fez questão de deixar pra mim. Deve ser pra ver se assim mato a saudade. Mas quer saber? Acho que só piora. 

Tem um pouquinho de você em tudo e, na verdade, você não está em lugar nenhum por aqui. Lembro de você quando vejo o copo d’água em cima da cabeceira da cama, no cheiro no travesseiro, nos seus lenços que deixou pra trás, no almoço que vou ter que fazer sozinha amanhã, e até mesmo pelo caminho que andamos e que refaço relembrando os nossos diálogos, abraços apertados e beijos repentinos. Lembro de você agora, enquanto como aquele Passatempo que deixou pra mim, enquanto passo as nossas fotos pro computador, enquanto entro no MSN e já espero ansiosa a sua entrada. 

Sinto saudade de ir ao cinema contigo, me pedirem a identidade porque o filme era pra menor de 14 anos e você rir da minha cara o resto do dia por isso; sinto saudade dos nossos passeios de mãos dadas, da esfoliação diária que a sua barba fazia em mim, de ter um pesadelo, acordar e ver que não preciso me preocupar porque você está bem ao meu lado. Sinto saudades de rirmos de coisas “parvas”, de te fazer cócegas até me pedir: “não, por favoooor. Para, amor!”. Sinto saudade do seu beijinho de bom dia, de dormir em meus braços no ônibus, de correr pelas escadas pra ver quem chega primeiro em casa. Sinto saudade de cada detalhe do meu dia contigo. Sinto saudade de você dando a plenitude que faltava nos meus dias.

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Desculpa, quero me casar contigo


Ele, um publicitário de sucesso, com mais de 30 anos e certamente apaixonado. Ela, uma garota de 20 anos que acabou de entrar na faculdade, e como toda jovem tem uma vontade enorme de liberdade. Entre férias na Ilha Blu e pedidos de casamento em Nova Iorque, se desenrola o romance “Desculpa, quero me casar contigo”, do italiano Federico Moccia. A história se passa praticamente inteira tendo como cenário a “bella” Roma, te envolvendo ainda mais na paixão de Alex e Niki. Esse livro é uma continuação do “Desculpe se te chamo de amor”. O casal antes perfeito e apaixonado, independente da diferença de idade, agora está em crise. O que fazer quando se tem dúvidas sobre o que se sente? 

Esse livro irá te deixar com os olhos cheios d’água a cada “eu te amo”, e indignada com Niki e sua vontade de ser livre.  Federico Moccia escreve para nos acordar sobre a oportunidade que temos de sermos felizes, e que por vezes, deixamos passar. “Nesse instante compreende o que é a beleza, a felicidade e percebe quão curta pode ser a vida e como é absurdo não ter coragem o suficiente para ser feliz.”

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Quem não gosta de samba bom sujeito não é

"A sorrir pretendo levar a vida" - Cartola
“Eu nasci com o samba, no samba me criei, e do danado do samba nunca me separei”, Dorival Caymmi tirou essas palavras da minha boca. Desde pequena ouço em alto som as vozes de Cartola, Beth Carvalho, Alcione, Nelson Cavaquinho, Paulinho da Viola, entre outros. O samba sempre fez a trilha sonora lá de casa. E eu, não conseguindo negar as raízes, me apaixonei por ele!

Instituíram que esse é o ritmo brasileiro, mas cá entre nós, o Brasil é enorrrme e quem tem mesmo o samba no pé são os cariocas, né?! Do subúrbio pra alta sociedade, assim foram nascendo os grandes poetas do nosso país nesse tipo musical. Por mais que lá em Madureira role roda de samba de segunda a segunda, hoje, quem nasceu lá e se engajou no samba está fazendo show em programas de TV, rádio e despencando até a Zona Sul para fazer a alegria da burguesia. Porque o que tá na moda ultimamente é o subúrbio e as suas criações - ou as suas malandragens, diga-se de passagem.

Tendo um pai carioca, flamenguista, nascido no morro, torcedor da Mangueira e com uma sabedoria musical pra lá de suficiente, não tinha como eu fugir dessa área. São tardes e mais tardes discutindo sobre os grandes mestres do samba. Saí assim como ele. De tanto meu pai me contar as histórias de como as músicas surgiram, quem as compôs e sobre a vida dos cantores, eu fui criando um apreço tão grande, que hoje sou eu quem argumento muitas das histórias.
D'Samba
Nesse final de semana estava no shopping de Madureira e me deparei com uma loja que me encantou logo pela vitrine, a D’Samba. Todas as roupas e acessórios são inspirados nos sambas e nos compositores. Vi nela uma loja não só para os suburbanos cariocas, mas também pra quem tem como hobby caminhar na orla da praia. Tem a cara do Brasil (já que as pessoas cismam que o Brasil é só o Cristo Redentor e a cultura carioca)! Bom, eu que me sinto praticamente uma mineira, não resisti e trouxe três blusas de se apaixonar. Agora, se algum turista conseguir passar pela D’Samba e não entrar para levar uma lembrancinha do nosso país, só tem uma explicação pra ele: é ruim da cabeça ou doente do pé.

sábado, 7 de julho de 2012

Uma nova primeira vez


Ser o primeiro de alguém não faz de ninguém único ou tão especial quanto espalharam por aí. Na maioria das vezes o cara que tirou o seu BV não fará diferença na sua vida, e o que tirou a sua virgindade não será o seu grande amor. Isso é tudo lorota que, não sei por que raios, resolveram nos falar durante a nossa adolescência.

Não quero desmanchar os sonhos de ninguém. Acredito, sim, num amor eterno. Mas só desencane dessas regrinhas que impõem. Essa espera pode ser desnecessária. Em alguns casos até prejudicial. Quando encontrar a pessoa certa você com certeza irá querer dar-lhe o melhor beijo e fazer tudo da melhor maneira que qualquer pessoa já pode lhe fazer. Queremos deixá-lo se sentindo pleno, com um sabor de quero mais. E você só chegará pronta para ele se praticar um tanto antes.

Olha lá! Não estou dizendo pra sair por aí beijando trinta na noite, nem indo pra cama com três a cada final de semana. É só pra não por expectativas demais em pessoas que provavelmente não serão tudo aquilo que você queria. A primeira vez rola toda hora. Com cada um, a cada momento é uma nova primeira vez de vocês. É uma nova chance de se descobrirem no outro. Então relaxa, porque quando o seu grande amor chegar, não importa quantas pessoas vocês já tenham beijado ou transado, novamente terão uma primeira vez. E novamente, inesquecível.