terça-feira, 5 de junho de 2012

Antes do buquê de flores

Damas de honra, Santo Antônio de pé e recém-saído do congelador, vestido, detalhes da festa, convidados e lua de mel. Tudo isso faz parte do mundo de quem já está noiva e de bem com o santo casamenteiro preferido das solteironas. Mas um evento, digamos assim, que mais me chama a atenção é o pedido de casamento.

É ele que abre caminhos para a esperança, que nos faz chorar de felicidade, que nos faz amar ainda mais. E é nele que os homens têm apostado as suas fichas ultimamente. Inventam e reinventam situações que fazem todas as outras mulheres se mordeeeerem de inveja. Chega desses pedidos sem graça, com jantar em família e uma caixinha no bolso. Os futuros maridões têm mostrado a que vieram e por que aquela linda mulher deve ser sua na alegria e na tristeza.

Confesso que tenho uma caidinha por aqueles que tentam a sorte unindo música e criatividade. Abaixo têm vídeos com pedidos de casamentos inéditos! Um, mais romântico e surpreendente pelo meio em que o cara resolveu pedi-la em casamento – a webcam –, o outro, mais divertido e igualmente surpreendente, mas sem deixar o romantismo de lado – o que é praticamente impossível nesses momentos que mudam as suas vidas. Escolha o seu preferido. Eu já tenho o meu. ;) 




Essas duas aí já são sortudas, porque que graça tem a vida se viver com alguém que não te surpreenda?

terça-feira, 29 de maio de 2012

É do "balacobaco"!

"Jururu", "cabisbaixo", "avião" e "tantã" são palavras pra lá de comuns aos meus ouvidos. Mamãe sempre me pergunta quando me ouve falando baixinho ao telefone: “tá jururu, filha?” Assim como as rotulações, as gírias antigas, que ninguém sabe ao certo o que significam, levam pra você o significado que te passaram que elas têm. Para mim, “jururu” é uma forma supercarinhosa de questionar se estou triste. 


Mês passado minha mãe me emprestou o dicionário brasileiro da Língua Morta, um livro de Alberto Villas que nos apresenta e explica termos que desapareceram do mapa. O engraçado é que a todo momento identifico a linguagem dos meus pais nele. “Vem, mô, o almoço tá pronto.” “ Mô” é um apelidinho afetivo que ouço sempre lá em casa. “Amizade colorida”, assim que li no dicionário entrei em discussão com minha mãe. Até porque esse termo existe firme e forte nos dias atuais. Aí, ela me explicou que antes “amizade colorida” era o que hoje é “ficar”. Não precisa ser seu amigo para ser chamado de amizade colorida quando se beijarem. Sacaram a diferença?

Será que o grupo “Babado Novo” se desmanchou por terem percebido que o seu nome caiu em desuso? Sei não, mas de acordo com Alberto Villas, “Qual é o babado?” virou coisa do passado. Agora seria mais “qual é a boa?”. Xiiii, desculpe lá, mas acho que eu ou o Villas precisa se atualizar. Entre o meu grupo de amigos, quando estão fofocando e eu chego, logo pergunto: “Qual é o bafo?” Com a gente, de “bafão” em “bafão” é que as histórias acabam distorcidas e na boca do povo.

Outras palavras só ouvi no dicionário Rita Lee mesmo. Quem é mais do “balacobaco” do que ela? Outras ainda peguei na minha infância, como estar brincando de ping-pong e “pedir a nega”. Era a revanche que eu precisava para virar o jogo. Ou mesmo falar: “Nossa, Fulano é muito mauricinho”. Há também aquelas que só em letra de música foram vistas, pois já viraram lenda há tempos! Que nem Roberto Carlos e a sua garota “papo-firme”.

É, não importa qual seja a época, os vocabulários são sempre muito divertidos de serem relembrados! Das rodas de conversa para os livros, o “ó do borogodó” mesmo é ficar de fora dessa engraçadíssima viagem no tempo.

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Is this love?


Não foi pelos olhos grandes e negros, nem pelo braço definido, ou pela barba mal feita. Foi pelo tom cômico que coloca em tudo, pela sinceridade que aprendeu a ter e pela mão estendida sem nem mesmo eu pedir. Não, acredite. A paixão pela boca no tamanho ideal, pela sobrancelha grossa e pelos cílios invejáveis por qualquer mulher veio depois. Depois de eu me apaixonar pela sensibilidade escondida dentro de um garoto durão, pelas zoações que sempre me faz e pela amizade nascida antes do amor. Juro que só percebi em como o seu sorriso é tão lindo quanto a sua cara de mau depois que já amava cada característica sua, cada temperamento, cada palavra que dizia. Agora sim. Agora sim eu sei que quero continuar com a sua mão acarinhando a minha ou pousada em minha perna enquanto dirige. É ao som de Bob Marley e tudo mais o que você gostar que quero viver. "'Cause I wanna love you every day and every night".

segunda-feira, 14 de maio de 2012

'Boom' do rap brasileiro

Rimas, improviso, críticas ao abuso do poder, batalhas de MCs e raízes na periferia. É o rap brasileiro emergindo das cinzas. Emicida, Projota e Cone Crew Diretoria são nomes antes – quase – desconhecidos, e agora populares em toda a região sudeste e sul do país. O rap brasileiro, que andava só pelas bandas da periferia, desceu e invadiu o asfalto.

Estamos acostumados a ver na música, personalidades que antes agradavam um público restrito, e de repente, BOOM, passarem a ser amados por uma multidão e entrarem no Top 10 MTV. Chama os mulekes que o rap brasileiro chegou para invadir os sons da sua casa.

Emicida tietando Neymar durante a gravação do clipe "Zica vai lá"
Emicida é o mais popular rapper brasileiro da atualidade. E além de MC é também repórter e produtor musical. A sua fama venho a partir das batalhas de MCs que ele participava em São Paulo. Proveniente da periferia paulistana, ele teve que provar diversas vezes o talento que tem para ser respeitado no asfalto. A música “Triunfo” o colocou em evidência, abrindo brecha para o lançamento de seu primeiro mixtape “Pra quem já mordeu um cachorro por comida, até que eu cheguei longe...”, em 2009, vendendo pelo boca-a-boca cerca de três mil cópias, segundo dados da Revista Época. O videoclipe de mais sucesso atualmente é “Zica vai lá” com participações do atacante Neymar, da cantora Gaby Amarantos e do skatista Sandro Dias, o mineirinho.

Projota em gravação do DVD ao vivo "Realizando sonhos", em Curitiba
Projota, assim como o Emicida, para entrar no cenário do rap brasileiro teve que rimar e improvisar muito nas batalhas de MCs, como na do Santa Cruz e na Rinha dos MCs. O videoclipe “Acabou”, lançado no site Youtube em 2008, fez sucesso e abriu caminhos para que ele gravasse o seu primeiro álbum, intitulado “Carta aos meus”. O single que colocou Projota no Top10 da MTV foi o videoclipe ao vivo de “Desci a ladeira/Pode se envolver”, do seu último álbum “Não há lugar no mundo melhor que o nosso lugar”, de 2011.

Cone Crew Diretoria é o grupo de rap carioca reconhecido por retratar o cotidiano das classes baixas do Rio de Janeiro. Apadrinhados por nada mais, nada menos que Marcelo D2, o beatmaker Papatinho, e os MCs Cert, Rany Money, Batoré, Maomé e Ari estrearam com a música “Lá Pa Lapa”, mas se tornaram famosos com o hit “Chama os mulekes”, do álbum “Com os neurônios evoluindo”, lançado em 2011.

Se você ainda não conhece o trabalho de nenhum desses três fenômenos musicais, está na hora de conhecer. Joga pro lado o preconceito e ouve o que o povo tem a dizer:

sábado, 5 de maio de 2012

E eu gostava tanto de você


“Preto, gordo e cafajeste”, assim se autointitulou Tim Maia ao se comparar com o gato de estimação da filha de Nelson Motta, que levava o nome do cantor. Segundo o jornalista e produtor musical, o gato era cinzento, magrinho e carinhoso, e só os deu amor e alegria.



Tim Maia é um dos cantores e compositores que mais gosto. E confesso, me jogo quando começo a cantar “não adianta vir com guaraná pra mim. É chocolate o que eu quero beber”. Não conhecia muito bem a sua história de vida e carreira (quando morreu eu tinha apenas sete anos) até ler “Vale Tudo”, a biografia de Tim Maia escrita por seu amigo, jornalista e produtor musical, Nelson Motta. Arrogante, descompromissado e ignorante. Provavelmente eu não suportaria viver com o cantor, mas o seu amor pelas mulheres e “o fora” que elas davam nele o fez ser um compositor incomparável, cheio de emoção em sua letra e interpretação.

Além da biografia escrita por Nelson Motta diversas homenagens póstumas foram feitas a Tim, como o programa especial da Globo “Por toda a minha vida” e o musical “Vale Tudo” interpretado pelo neto do Silvio Santos, Tiago Abravanel. Quem curte o soul inconfundível do cantor vale a pena ver ou ter alguma dessas obras e se apaixonar ainda mais pelo trabalho dele.

As homenagens não param por aí! A antiga banda do cantor, a “Vitória Régia”, se uniu ao trompetista Silvério Pontes, ao saxofonista Tinho Martins e ao vocalista Bruno Maia formando a “Banda do Síndico”. No ano que ele completaria 70 anos, a Privilège de Juiz de Fora vai fazer uma festa em homenagem ao Síndico do Brasil dia 11 de maio. E pra se preparar para a balada do Tim aí vai um vídeo dele. Arruma um espaço na sala e se acabe cantando beeeem alto "chocolate, uhh, chocolate. Eu só quero chocolate"!

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Nossa, você lê Capricho?


Sabe aquele tom de espanto: “nossa, você lê Capricho?” - o mesmo que provavelmente você está tendo agora. Ouço-o muito mais do que pretendia. As pessoas estão acostumadas a verem só a forma mais visível de preconceito - racial, social e homossexual -, mas existem muitos outros nas entrelinhas da opinião pública. Desde as roupas que você veste até os programas que vê.

Big Brother, novela e desenhos, quem assiste, reconhece o quanto costumam falar mal disso tudo dizendo que não presta ou que não traz informação. “Pera” aí. Não traz informação para quem? Não concordo que só o público-alvo da TV Globinho, por exemplo, é digno de assisti-lo. Quem o faz são adultos e jovens, meus queridos! E alguém, na minha opinião, só faz bem algo que conhece a fundo. Como conhecer sem acompanhar?

Eu, leitora assumida da Capricho e telespectadora assídua de Rebelde e Disney Channel (tá. Assumo. Dou uma olhadinha em Malhação também), me deparo frequentemente com a espantosa pergunta que dá nome ao título, seguida de risadinhas por eu gostar de conteúdo “impróprio” para a minha idade. Os comentários seguintes são que essas mídias nada têm de informação válida, de acordo com a concepção deles. Enquanto esses jornalistas em formação brigam e saem no tapa para aparecer e mostrar quem sabe discutir melhor sobre política e economia, eu vou mantendo a minha prioridade numa das áreas de menos concorrência, e conhecendo muito bem o mundo para o qual desejo falar.

Assim como toda gente que curte e produz o mundo teen, Selena Gomez não deixaria de ser alvo. Muitos nem sequer conhecem o trabalho dela, apenas já ouviram falar nela como a namoradinha do Bieber, e cismam em ter a sua opinião definida sobre a adolescente. Não entendo lá muito de música, mas, cá entre nós, quem vai dizer que “Hit the lights” não é um single para dominar as pistas de dança? 

É... no fundo, no fundo, todo mundo gosta de fugir do Jornal Nacional e dar uma olhadinha na MTV de vez em quando.


terça-feira, 24 de abril de 2012

Estreia nova série da Fox

Elenco da série New Girl

Destrambelhada, cativante, esquisita e com uma mania estranha de cantar o que fala. Essa é Jess, a personagemprincipal da série de comédia New Girl, que estreou dia quatro de abril na Fox Brasil.

Após descobrir a traição do namorado, com quem morava, Jess sai de casa e vai morar com três amigos que conheceu na internet, Nick, um barman, Schmidt, um conquistador profissional e Winston, um jogador de basquete em decadência. Cece, sua amiga e modelo, a ajuda a se recuperar da decepção amorosa e acaba se tornando alvo do “galinha” Schmidt.

Eles passam por situações que fazem a gente chorar de tanto rir. Jess sempre com o seu jeito esquisito de encarar a vida e os meninos, que mesmo não querendo demonstrar, no final de cada episódio acabam agindo exatamente como ela, descobrindo que todo mundo tem um pouquinho de loucura dentro de si.

Pra quem não suporta a ideia de ir dormir mais cedo na quarta-feira por causado jogo, é só mudar para a Fox Brasil e dar gargalhadas de doer a barriga com Jess e companhia em New Girl, às 22h30. Se quiser continuar a sessão comédia, a série premiada Modern Family começa logo após.