quarta-feira, 27 de outubro de 2010

A senhora do ônibus

Mais um dia. Uma nova disputa por lugar no ônibus – isso se conseguir entrar, é claro. “Que saco!”, murmurei. Lá vem a senhora baixinha e atrevida que faz questão do empurra-empurra. Ônibus lotado. Meu espaço era limitado; se estendia até a ponta da haste da roleta, encaixada na divisão da mesma. Parece feita para as minhas medidas. Mas a senhora já procurava a(s) sua(s) vítima(s) das 7 horas da manhã. Vejo-a com maus olhos. Não será a primeira vez que sai empurrando quem vê pela frente. E, pelo visto, eu era a carta marcada da vez. Realmente, a roleta por si só é o local mais incômodo ali dentro. As pessoas precisam passar por ela para saltar. Ninguém pode sair sem pagar, não é mesmo? Por isso tanto tumulto logo pela manhã. E aquela senhora, com certeza, era a líder. Já chegou montando a banca com a sua capanga que só se move quando ela manda. “Merda! Ela está se aproximando”, pensei. A senhora chega até a roleta – e sua capanga bem atrás dela. Enfrentei-a com os olhos. Ela levanta a mão; paga o trocador; suspende a bolsa... E me chama pra briga. Olho para os lados e para trás. Tento localizar algum mínimo espaço que eu possa caber para que aquela mulher passe logo pela roleta e suma do meu alcance de visão. Tento me encaixar ao lado, entr e um pilate e centenas de pessoas. Não caibo por inteira; parte de mim ainda está na frente da roleta. A senhora atrevida não se importa em saber conviver no coletivo. Me empurra sem dó nenhuma. Se não seguro caio em cima das outras vítimas. Concentro-me em fixar os meus olhos nela, esperando-a fitar-me e perceber o quanto desejaria enforcá-la naquele instante – se minhas mãos a alcançassem, juro, eu faria -, mas da mesma forma que me empurrou fez o mesmo com metade das pessoas dentro do ônibus até encontrar o espaço almejado sem mesmo olhar para trás e me dar pelo menos um gostinho de vingança com meus olhos raivosos.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Querido John


Uma história que começa com a pergunta: “O que significa amar verdadeiramente uma pessoa?” conta sobre o amor de John e Savannah. Ele, um recruta do exército; ela, uma estudante de educação especial que se apaixonam numa pequena cidade costeira sob a luz da lua cheia. O romance foi interrompido com a ida de John para a Alemanha servindo à nação. Um amor perpetuado por cartas além dos mares. “Querido John” vai te arrepiar a cada folha virada. Uma emocionante história de diferentes demonstrações de amor. Sinto que tenha faltado um editor para a tradução à altura do romance de Nicholas Sparks. Para os amantes da leitura que têm suas emoções à “flor da pele”, é um livro que não pode faltar na estante.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Em mim

Está no cheiro que sinto, na blusa que uso, no travesseiro que durmo, na mania que tenho. Está na maquiagem que escolho, na calcinha que visto, na viagem que planejo, na comida que faço. Está numa flor que encontro, na cama que deito, no gosto de um chiclete, no cordão em um pescoço, numa frase que me lembro. Está na música que ouço, no carro que passa, no fio de cabelo no lençol, no filme que assisto, nos lugares que frequento. Está na pupila dos meus olhos, em todos os meus 5 sentidos, incrustado em minha pele. Você.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Pede pra ver!


O filme "Tropa de Elite 2" vai muito mais além do que o primeiro. Nada de matança, gritos e mandamentos em excesso agora. E, sim, uma história reveladora sobre a origem - real - do tráfico no Rio de Janeiro envolvendo pessoas muito maiores que os traficantes: as milícias e os políticos. Não percam! Tropa de elite 2 em cartaz nos cinemas.

domingo, 10 de outubro de 2010

Quebra-de-braço


Estão fazendo propaganda querendo atacar a Dilma e diminuir seu eleitorado. Falam que qualquer probleminha ela corre pro Lula, que pensa com a cabeça dele e não com a dela. Parabéns! Sinto informar-lhes que essa propaganda não adianta muita coisa. Qualquer pessoa que pensa em votar na Dilma quer, na verdade, o Lula. Que ótimo ela correr sempre para ele; se corresse CONTRA, aí sim, seria a decadência da sua eleição.
13 para continuar mudando com Lu... ops! ... Com Dilma.