terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Escapando em cada desmanche

Estou deixando que os dias passem. De olhos fechado os vejo escapando, intacta. Vou aonde ele me levar; o deixo me guiar. Não quero escolher meu próprio caminho. Mesmo querendo ir embora com o tempo, acabo ficando, desmanchando em cada toque teu.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

O começo do fim

Sabe aquele preferir de coração apertado? Quando sabemos o que é melhor para a gente, mas o sentimento está lá, empatando tudo dar logo certo na sua vida. É um laço invisível que existe ali, me segurando para que eu não largue tudo de uma só vez e vá ser feliz.

sábado, 21 de novembro de 2009

A solidão é uma escolha

O mundo é cheio de casas; Cheio de pessoas isoladas do mundo. É tanto abrigo, tanta gente e tanta solidão. Por que nos dividimos desse jeito? Por que o homem faz questão de ter a sua solidão? É desnecessária tanta divisão. Os melhores lugares são aqueles que aglomeram pessoas. Então por que cismam em se manter sozinhas? As melhores ações a serem feitas são em conjunto. O contato físico é tão bom! Por que as pessoas não se conformam logo que a solidão não é a melhor maneira de se viver feliz? Mas a gente cisma em ter uma televisão em cada quarto da casa. E mais uma vez segmentamos um espaço já segmentado. Nós conseguimos ocupar um mesmo espaço e mesmo assim nos mantermos sozinhos. Há uma necessidade tão exagerada de privacidade, que deixa de sê-la e passa a se tornar uma prática de antissociabilidade. E é nesse ponto que fica visível que a solidão é uma escolha de cada um de nós.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Me vê um cartão de orelhão, moça! Hã?

Meu celular pifou e eu precisava fazer ligações. Fui tentar comprar um cartão de orelhão. Mas onde se vende isso? Estamos tão acostumados com a praticidade do telefone móvel que nos esquecemos de coisas que antes eram extremamente comuns. Hoje são poucos os lugares onde se vendem cartões telefônicos. O que tem aos montes mesmo é cartão para celular. Esse vende até no carrinho de cachorro quente da esquina. Enfim, quando consegui comprar um cartão de orelhão fui tentar usá-lo. E não é que eu havia me esquecido como se usa isso!? Inacreditável. Como é que se coloca isso no orelhão? Fiquei estagnada por uns instantes, olhando o cartão e revirando-o de um lado para o outro para ver se havia alguma setinha indicando qual lado que deveria ser enfiado, ou sei lá o quê. Fiquei pulando de orelhão em orelhão que nem uma idiota andando pelo quarteirão porque todos davam: “CARTÃO RECUSADO”. E eu pensava: “Velha filha da p**a que me vendeu esse cartão quebrado!” Até que no quarto orelhão eu finalmente consegui encaixar o cartão e fazer a ligação. Estava empolgadíssima conversando (ligando para um celular) até que vi que as unidades do cartão iam embora como uma contagem regressiva (10, 09, 08...). Apavorada, tratei logo de combinar um lugar para me encontrar com a pessoa com quem eu estava falando e desliguei desesperada antes que já não sobrasse unidade nenhuma no cartão que comprei 3 minutos atrás achando que duraria uma eternidade na minha carteira.


Obs.: E vocês já repararam como TODOS os telefones públicos são da OI?

sábado, 14 de novembro de 2009

“É a falta de maturidade que rende as melhores histórias.”


quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Será que amar é um privilégio?

Será que existiram pessoas que morreram sem amar? Quero dizer, pessoas que tenham vivido muitos anos; morrido de velhice; pessoas que viveram toda uma vida que lhes foi proposta. Será mesmo que é possível morrer sem amar ou é você quem não percebe que amou?

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Crítica a biografia da Cássia Eller


Este livro foi lançado uns 2 ou 3 anos após a morte da cantora Cássia Eller. O li esses dias e percebi que o que falta no livro é uma cronologia. Os autores vão e voltam em datas; as vezes acabo me perdendo no tempo em que se situa a parte da história que estou lendo no momento. Mostra o repertório de TODOS os cds e LPs lançados pela cantora no meio da história. O que acho desnecessário, já que ao final do livro tem a relação de todos os cds, lps e dvds lançados por Cássia (virou minha íntima já) e todas as faixas de seus respectivos cds, lps ou dvds. Em contraponto(?), eles contam bem a vida particular (ou não) que Cássia viveu. Nesse ponto acho que eles acertaram e mandaram muito bem. Vale a pena ler por ser a história de uma das melhores cantoras brasileiras - além da vida dela ser beeem curiosa. LEIAM: "A HISTÓRIA DE CÁSSIA ELLER. APENAS UMA GAROTINHA."

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Flamengo até morrer eu sou

Esse sentimento se alastra em mim, passando de mim para os outros. Os outros que sabem torcer como eu. Que torcem como se fosse o último jogo, o último campeonato, o último título do nosso mais que centenário time. Deve ter uma vibração, uma emoção incrível torcer no maracanã; todos gritando por um mesmo sonho. Um desconhecido vira seu melhor amigo. Chora no seu ombro quando vê o nosso time perdendo um título e chora junto contigo também quando vê o nosso gol da vitória. Somos rubro-negros mesmo sem a vitória tão desejada. Nosso orgulho não nos deixa tolerar uma só zoação. Mas quando ganhamos... os adversários que estejam bem calmos ao nos encontrar, pois não resistimos em GRITAR a nossa vitória. Somos a maioria, estamos em todo lugar; e como qualquer vencedor, somos invejados por muitos. Aí eu te pergunto: eu tenho culpa dos adversários não saberem escolher time? Flamenguistas não são contra ninguém. Queremos que o flamengo ganhe e não que o concorrente perca. Não vemos um jogo para agourar o jogo alheio, e sim para incentivar o nosso próprio time, o nosso próprio amor. Alimentado de muitos gols, dribles, tricampeonatos, e uma estrelinha no peito que impõe muito mais moral do que as 10 que vocês se orgulham tanto de ter. Ninguém nem nada foi reconhecido porque é(ou foi) vice, a nossa memória só armazena a imagem de quem ficou em 1º lugar. Essa fé ao jogador bater o gol. O misto de decepção e raiva ao ser o gol do time adversário nos últimos putos 5 minutos do jogo; A esperança da entrada do time para o G4 do campeonato. São essas pequenas características que uma vez fizeram de nós flamenguistas, e agora, é flamengo até morrer.

SALVE!

domingo, 4 de outubro de 2009

Crítica ao amor e sexo


O programa “amor e sexo”, apresentado pela Fernanda Lima, me parece tão vago. Como se eles ficassem redundantes o programa inteiro. Como se não tivessem mais assunto e abordassem o mesmo só que de formas diferentes para acharmos que se trata de uma novidade. E toda sexta-feira ela apresenta a mesma coisa. Fora que o estúdio é grande em relação às pessoas que preenchem o palco. Não há harmonia nessa organização. Enfim, a única coisa interessante e metamórfica são as roupas da Fernanda Lima. Ah! E é claro, o repertório da banda também é bom e mantém uma relação com o tema do programa.


Obs.: Uso de metonímia no título. Nunca criei uma! Pelo menos eu acho que é uma, né.

beijosbeijos que me níver está chegando.

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Criança é acusada de roubo

Hoje à tarde na rua Halfeld, em Juiz de Fora, flagrei uma criança sendo interrogada por policiais por ser acusada de roubo. Uma mulher, que estava no local, jura que a criança roubou seu celular. Mas os policiais não encontraram nada com o menino. Ele afirma, aos prantos, que não roubou nada. Houve muito tumulto no local e a mãe da criança foi chamada para dar explicações à polícia. E ela afirma: "Meu filho não é ladrão!" O caso não teve solução (pelo menos não para mim que vazei quando a mãe da criança falou para eu parar de tirar fotos do filho dela).


beijos e até a próxima notícia!

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Felicidade automática

A minha felicidade, hoje em dia, virou automática. Eu não sou totalmente feliz para me definir assim; mas se me perguntarem direi que sou sem, na verdade, sê-lo. Meu sorriso é instantâneo e ele não traduz a minha utópica felicidade. O sorriso não está escancarado como antes. O motivo dele está em brechas tão pequenas, que agora não sou feliz, porque as brechas estão fechadas. A companhia nunca me foi tão ardentemente incômoda como agora. Por isso os meus sorrisos estão entranhados nas brechas da solidão. O silêncio nunca me acalmou tanto como ultimamente. Até as lágrimas de mim correram. E da companhia delas eu gostava tanto... As melhores companhias me deixaram. Estão me testando para ver se essa armadura que carrego comigo é mesmo resistente. Mas ainda sou feliz; Só não tenho mais capacidade de transbordar essa tal felicidade para todos; pois agora desejo insistentemente que nem todos (a minha volta) sejam felizes como eu já fui capaz de ser.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Falta alguém




Queria alguém que pudesse suportar tudo o que sinto. Não tenho mais para onde expandir. Não sei mais que caminho tomar. Não sou mais dona da minha decisão. Nunca mais tomei nenhuma. Falta alguém que sinta com o olhar o que eu quero e o que vai ser melhor para mim. Não sei escolher sozinha. Tenho mil vontades transbordando dentro de mim, e não sou capaz de concretizar nenhuma. Falta alguém me dando apoio para mudar os planos. Preciso de saudade, de conselhos, de colo, de sintonia. Preciso descarregar todas essas dúvidas (indagações), mas não há ninguém em quem eu possa fazer isso (não com naturalidade, nem com vontade). Falta alguém para dividir a felicidade, o brigadeiro, as roupas, aquela música nova. Falta alguém que faça parte de todos os meus planos; Que esteja comigo em todos os lugares (mesmo que só pela voz); que me ligue contando algo bobo que aconteceu em seu dia, mas que ela acha um máximo tal acontecimento. Falta alguém com quem eu me sinta estabilizada. Falta você.

Surpresa inevitável

O meu maior medo é o de perda; de perder um amigo. Sabe, na vida, a gente sabe que (se nada nos pegar de surpresa) os nossos avós irão, os nossos pais também, e serão dores inexpressáveis, mas já imagináveis. Já os amigos não. Ninguém pensa em como seria se um amigo morresse. É como se nunca nos preparássemos para algo que, certamente, irá acontecer. E quando acontece, você se depara com uma dor que nunca pensou sentir. Pois além da morte (que já é algo que machuca) incluída nisso, também há a surpresa. Prometam que nunca irão morrer, ok?

“Não, não vá embora. Eu vou morrer de saudade.”

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

As cores, figuras e sorrisos

Bons momentos flagrados pelo flash da melhor invenção humana. Bons momentos revestidos de cores, muitas cores. Bons momentos que transbordaram não apenas sorrisos, mas que também antecederam aos risos e as gargalhadas. Eram os laços invisíveis que haviam...


obs.: É a descrição de um dos meus álbuns no orkut.
beijos beijos.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009


Sou fascinada com a MPB. A melodia combina perfeitamente com a letra e com a voz do intérprete. Tudo age em perfeita sintonia. Há uma leveza reflexiva, talvez até sonolenta ou embalada. Ultimamente a MPB tem voltado com tudo; com intérpretes e compositores brilhantes. Vale a pena conferir o trabalho de Vanessa da Mata (principalmente a “Música”), Roberta Sá (especialmente “Estranho dia de amanhã”) e Maria Gadu; que é a novidade nesse mundo renovado por essas vozes maravilhosas. Todas em tons suaves. Quem não resiste a um Djavan, Marisa Monte, Adriana Calcanhoto e afins, não pode deixar de conferir essas novas vozes da MPB.

domingo, 13 de setembro de 2009

Estas lágrimas me fazem tão bem, que se eu soubesse desse prazer (quase inatingível) antes, eu me afogaria nelas (nas lágrimas). Talvez elas signifiquem dor; algo exprimido no meu dia-a-dia; algo que nem eu sei que me fere tanto. As pessoas vivem nos levando aos extremos. E são as mesmas pessoas que são capazes de nos fazer feliz e nos mostrar que o amor também pode machucar, e muito. Os carinhos que há anos eu espero, nunca chegam. E meu corpo, incansável, continua lutando para tê-los. Sinto falta da presença. Só ela já sacia meus primeiros e precários desejos. Não desejo a solidão agora (e isto pode ser algo realmente estranho). Meu coração está apertado. Eu não entendo. Sinto que, de alguma forma, vou perdê-lo. Quero tanto protegê-lo desse mundo que ele desconhece. Eu sei que precisa não estar aqui comigo. Entendo. Mas entenda também que preciso que volte... Que volte para mim (como sempre foi).

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Aquele adeus que não pude dar

Não tive escolha. Ninguém me deu tempo de fugir disso (embora, assumo, tentei). Quando descobri que ela era parte de mim, ela se despediu. Como se tivesse vindo ao mundo só pra me contar nas entrelinhas tudo isso. Tudo o que senti (e ainda sinto) por ela. Foi a separação mais insuportável que aguentei nesses meus poucos 18 anos de vida. Queria que ela tivesse me visto formar, casar, tendo filhos. Queria que ela me ensinasse mais sobre a vida. Ela era feliz com detalhes (ela era feliz?). Na verdade, acho que EU que era feliz com os detalhes dela. Como sinto falta daquele cheiro de talco, daquela experiência toda. Estava por perto nos dias que mais foi preciso. Como se ela soubesse que eu ia precisar dela. Minha mãe. Minha avó. Minha cliente preferida. Minha cozinheira de mão cheia. Você não sabe a falta que me faz. Foi tão difícil perceber que você tinha ido de vez... Eu ainda precisava de você, dos seus cuidados. Mesmo após 3 anos (nossa. Como o tempo voa!), ainda me dói lembrar. Acho que até 1 ano após a sua ida, eu lembrava diariamente da falta que me faz. Houve dias que eu era capaz de te ouvir dizendo: “Jeová que te abençoe.” Hoje acho que não consigo mais. Eu sabia que esse dia chegaria. Mas não queria enfrentá-lo. A senhora não sabe o quanto foi doloroso ouvir minha prima falando aquelas loucuras, como se ainda estivesse viva e pudesse sentir ou ter qualquer reação que fosse. Será que as flores ao teu redor realmente te pinicaram? Talvez ela estivesse certa. A gente não suportou, vó. Elas, que foram mais fortes do que nunca ousaram ser, são as que mais sentiram o coração rasgando ao te ver ali, imóvel, dormindo num sono eterno.

sábado, 29 de agosto de 2009

A metamorfose do amor

O sentimento sofre metamorfose durante o tempo. Já estive no ápice; Mas também tive o medo do amor ter acabado; e agora eu o sinto maduro, estabilizado. Há um olhar mais fixo, uma companhia mais completa. Acostumei com a tua voz, o teu cheiro, a tua falta de pontualidade. Hoje tenho medo de não te fazer feliz do jeito que merece; de não realizar seus sonhos, suas vontades. Desejo imenso de materializar suas fantasias (sem exceção alguma). Quero você com seus gestos simples e esse machismo que eu finjo não ouvir; seus beijos repentinos e abraços inesperados; suas raras declarações, juntamente com seus raros pedidos de perdão. Não sei como conviver com outro que não seja você. E se ele marcar comigo às 20h e chegar lá na hora exata que marcou? E se ele disser que me ama a todo encontro nosso? Como vou pedir para ele parar com tudo isso e aprender a ser você? Não dá. Não agora. Esses momentos são nossos, e estão sendo escritos por mim para serem divididos só contigo. Não há outra pessoa que se encaixe tão bem quanto você. Pelo menos não agora...
-Será esse o começo, o meio ou o fim?

terça-feira, 25 de agosto de 2009

A arte de fotografar


Pessoas que me ajudam a eternizar aquele instante; seja com sua beleza, seu carisma, ou com a paisagem a sua volta. Todos paralisados no retângulo que eu criei. CLICK. ;D

sábado, 22 de agosto de 2009

Esqueça o amanhã

Vi um filme esses dias em que o protagonista falou uma frase que me impactou. Refleti sobre ela hoje, e sabe? É verdade; vivemos dependendo muito do amanhã. Só é completamente feliz quem não o pensa. Hoje está bom, mas fico me indagando tanto se amanhã ainda será que esse amanhã passa a fazer parte do meu hoje. E sendo ele parte do agora me incomoda ainda mais do que se não fizesse (mesmo eu sabendo que um dia ele chegará). Por que eu simplesmente não me contento com todos os meus verbos conjugados no presente? Eu te amo, eu te quero, eu estou feliz, eu ouço música, eu vou à festa. Mesmo que daqui a algumas horas todos eles já não possam mais ser conjugados assim. Mesmo que jamais sejam pronunciados novamente por mim. Mas agora está sendo; e na verdade, é isso o que importa. Não adianta ficar pensando que semana que vem vai ser diferente, e você vai estar feliz. Faça AGORA. O seu futuro depende do seu agora. Aja! Corra atrás dos seus objetivos atuais. Pelo menos naquele instante estará se divertindo, sorrindo, realizando um sonho. Se não der certo, depois a gente vê o que faz.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Harmonia

Desejo a solidão agora. As pessoas me cansam. Canso delas como se cansa de uma notícia que passa exaustivamente na TV. O silêncio me faz bem. Desfrutá-lo é para poucos sortudos. Perdi minhas melhores palavras. Como pude deixá-las irem assim? Nem deu para me despedir de cada uma... Estou triste e decepcionada comigo mesma. Elas eram tão boas. Tão profundas no que diziam. Quem lesse nem imaginaria que teriam aflorado de mim. Gosto tanto de surpresas (tanto de objetos quanto de pessoas) que adoro saber que posso surpreendê-las de um modo gratificante e pleno para mim mesma. Às vezes me espanto ao perceber o quanto a solidão e as palavras se unem tão bem. Queria me lembrar de como se faz um bom final. Dou tanta importância a eles. Critico tanto quem não os sabe fazer. Mas como ouso criticar os outros sem perceber que nem eu mesma os sei fazer?


Obs.: ando péssima em títulos.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Nunca tive uma reação súbita tão certa. Já imaginei aquela situação com 281 reações diferentes, e nenhuma delas cairia tão bem quanto a que eu tive. Foi o gesto exato pro momento; nem mais nem menos. Minhas expressões disseram tudo o que eu queria passar. Mas foram tão perfeitas para o instante que eu estou abismada até agora com a minha proeza. Isso jamais acontecera comigo antes. Sempre quis melhorar um pouco aqui, tirar outro ali. E isso não se fez necessário aquele dia. Estou tão maravilhada com essa situação repentina que estou sendo redundante sem parar...


(sem fim e sem título)

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Ócio produtivo

A criatividade vem do ócio. Esse vago desejado que borbulha a vida dos escritores de palavras nascidas ao léu; mas que logo se encaixam no encaixe perfeito do auge de seu texto. O olhar vagante que esconde os pensamentos viajantes. Saber trabalhar o vazio é talento, não estudo exacerbado. Quem sabe, já nasceu sabendo, mesmo que só tenho descoberto o valor da junção de suas palavras rabiscadas num papel aos 50, 60 anos. Uma frase, uma palavra, um sorriso ou um instante. Apenas UM já é o bastante para fervilhar a mente de um escritor. As mentes ansiosas que esbarramos em esquinas, ou que convivemos por anos – sem perceber que estávamos de frente para um talento – estão loucas para encontrar um simples motivo para sua caneta acelerar por horas e horas sobre o papel. Esse deslize de palavras, a formação de cada uma, é tudo tão belo. Elas nascem com um entender implícito, mas tão visível que há o medo de ser óbvio. Justamente por sabermos ler o que não está explícito, esquecemo-nos que só é óbvio para os que talentosamente descobriram a beleza de criar no vazio do tempo ocioso.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Impasse


Tenho vontade de ser dois tipos de jornalista. Uma delas é ser aquele tipo que escreve crônicas para serem lidas no café da manhã. Aquelas bem leves, reflexivas e talvez estimulantes. Se eu fosse esse tipo gostaria que me reconhecessem como autora de todas aquelas crônicas que fazem do seu dia-a-dia mais tranqüilo. Já o outro é aquele que denuncia todos os absurdos cometidos por esses políticos, policiais e aquelas pessoas sujas que se consideram cidadãos. Nestes eu não me importaria se não soubessem por quem aquela matéria foi assinada, mas sim que reconhecessem que ela existe, e que é boa. Quero que ela seja a semente da luta por uma causa justa, que os leitores a abracem como uma forma de sonhar, de achar que podemos ter um país melhor, mais verdadeiro. Uma causa nossa.

Ass.: Mayra Russo.
Obs.: Feliz aniversário, amor.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Descendentes do misto brasileiro

Outro dia, olhando pela janela do carro com uma blusinha sem manga e chinelos, reparei em como estava o dia. Um sol quente, regatas, passeios de shorts à noite. Esse é o inverno brasileiro! Fico espantada ao perceber o quanto é bom nascer neste país. Gosto dessa mistura. Não existe um físico tipicamente brasileiro. Somos um pouco português, um pouco espanhol, uma pitada de japonês e outra de alemão (e assim vai). Somos Silva, Souza, Coelho, Pereira, Oliveira, Zielisnky, Zaidem, Zanon, Kobashi, Russo, enfim... Somos tudo num povo só. Bebemos de chimarrão a coca-cola, comemos de sushi a macarronada (passando, é claro, pela feijoada e churrasco no domingo). Somos minissaias e também sobretudo; somos novela, mas freqüentamos um teatro; somos loiras dos olhos claros, mas não resistimos a uma mulata do cabelo encaracolado. Temos o balançar dos quadris como ninguém. E talvez seja esse misto de nacionalidades que encanta tanto os estrangeiros e os nacionais.

Beijos descendentes de portugueses e italianos.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

A obra prima "Ouro Preto"


Uma intensidade de cores, de figuras verticalmente produzidas. Detalhes escassos, extinguidos pela humanidade geradora de recursos tecnológicos. Será que não vêem o belo escondido nesse descascado da parede? As curvas e as cores fortes entregam o país que somos e não o que pretendemos (ou fingimos) ser. De cada janela vê-se a mesma paisagem refletora de nossas origens, de um visual impagável. Há autenticidade nos restaurantes, casas, igrejas. “Nada” é feito de importações. Acho que só o frio não é nosso, mas há o calor humano que não tem como negar de onde veio. Tudo feito minuciosamente para ser fotografado. Cada ângulo é uma forma diferente de se ver o Brasil que somos. Nem a noite escapou de meus “clicks” dessa vez. Até ela foi paralisada em minhas mãos.

sábado, 27 de junho de 2009

A irrelevância do juramento médico

Médico é um profissional que consegue me irritar facilmente. Começando que, aqui em Juiz de Fora, os médicos estão em greve. Vê se pode: EM GREVE! Sim, meus caros leitores; Eles apenas posam de que adorariam salvar vidas, mas o que eles querem mesmo é ganhar dinheiro. Um bando de babacas! Enquanto pessoas morrem por falta de médicos, eles estão ocupadíssimos lutando pelo (orgulhoso) direito de ganharem mais. Até porque eles merecem, poxa. Esqueceram que eles “salvam” vidas? E para me irritar mais um pouco, hoje li no Orkut, na comunidade de JORNALISMO um babaca falando que medicina é o único curso que forma profissional, e que o resto é apenas emprego. Agora me diz: como as pessoas ficariam informadas sobre as doenças como a gripe suína que chegam ao nosso país, a nossa cidade de uma forma acelerada? Como elas saberiam se prevenir? A mídia é uma aliada não só dos médicos, mas de todos os outros profissionais. Nós os informamos. Ninguém consegue ser um bom profissional se não acompanhar, pelo menos os seus objetos de estudos na mídia; Seja pela televisão, pelo rádio, pelo impresso, pela internet e afins. Então, meus caros médicos, parabéns, vocês passaram no concorrido vestibular de medicina. Só lhes falta mesmo é aprender a QUERER salvar vidas, e não apenas enaltecer a sua profissão e se mergulhar no dinheiro. Falta vocês se lembrarem do juramento que fizeram. Ou foi jurado apenas para posar para a foto?

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Era uma vez meu amigo Michael...

"Olivia diz:
hj eu vou ver globo reporter
tenhu ate dois cd`s dele...
pois eh
hauauahuahuaahuauhhau
mayra. diz:
"tenhu ate dois cd`s dele..." --> MORRI DE RIR AGORA
GUAAHUAHUAHUAHUAHUAH
vc falou como se isso representasse que vc é a maior FÃÃZONA dele
huahauhuahuahuahuahuahuhuahuahua
Olivia diz:
uahuhauhuhauhuahuahuhauhuhauhauahuhauahauhauhauah
e eh um cd duplo...pois eh...foi caro ta..na epoca la...pq ja sou fã deles a anos...la na epoca que comprei foi caro...eh...foi numa loja la na galeria bruno barbosa, que nem existe mais
mayra. diz:
mas ele era esquisitinho, né?
eu tenho medo dele... sempre tive
Olivia diz:
ahhh um pouco....
sempreeeee tive tb
mayra. diz:
depois que ele VIROU branco
Olivia diz:
huahuahauhauhauah
mayra. diz:
(siiim! alguem já virou branco nessa vida)
meus filhos nem vao acreditar nisso
Olivia diz:
eh...tipo..a gente era criança...n imaginva q as pessoas mudavam de cor...eu tinha medo dele tb
mayra. diz:
vou contar essa história a eles
Olivia diz:
hauhauhauaahuhauhaauh"


- Saudade do meu amigo Michael.

terça-feira, 23 de junho de 2009

Preconceito musical


Hoje eu ouvi dizerem que música boa e com letra que tem o que dizer não existe mais. Que só Caetano Veloso, Elis Regina, Tim Maia, Cazuza e afins que compunham uma ideologia atráves da música. E sabe? Eu não concordo. É claro que todos esses cantores e compositores são ótimos e isso não se discute. Acontece que nós não vivemos mais na época da ditadura, não há o que cantar sobre a censura. Isso não existe mais tão explícito como era antes. Então por que reclamar de algo que não nos atingiu? Esses cantores que vcs têm como os melhores viveram na época da repressão. Eles tinha a necessidade de expor seus pensamentos justamente porque eles eram reprimidos! E as músicas atuais têm sim uma ideologia, só que é de algo que nos atinge diretamente. São outros assuntos abordados. Não tem mais essa de guerra. Elas falam sobre amor, a troca do contato pessoal por uma tecnologia, o individualismo, enfim... os assuntos que estão ligados diretamente com a nossa geração. Ou agora vcs vão me dizer que Vanessa da Mata, Roberta Sá, Megh Stock e até mesmo o Exaltassamba e os MC's da vida não expressam o nosso cotidiano? Me poupe né!



OBS.: a foto é só pq a tirei esses dias e gostei.

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Relaxa. É apenas um dia no ano.

Dia dos namorados. O amor floresce todos os dias no peito de milhares de pessoas. Seja por quem for. É um dia melancólico pros solteiros inconformados. Muitos casais no shopping, no café, na padaria, na livraria, na balada, enfim, todos com aquele olhar de paixão mútua, e você (solteiro) ali, observando minuciosidades daquela cena, as quais os próprios casais, certamente, jamais observariam neles mesmos. E é nessa hora que bate uma pontinha de inveja. Depois de ver dezenas de casais como os que citei acima, a solteira(bem mais frequente isso ocorrer com uma mulher) passa o dia se perguntando o porquê dela não ter um namorado também. Olha-se no espelho. Acha que deve ser aquele rodízio de ontem. Com a monotonia do dia, e depois de já ter encanado com todas as possibilidades do por que está sem namorado, ela decide, finalmente, desencanar e ir ver TV. Eis que surge a "sessão da tarde". Nada mais propício para o dia 12 de junho que o filme romântico (ou na língua das solteiras: deprê) "O diário de uma paixão". A solteira termina seu dia se afogando em lágrimas e indo a outro rodízio. Mas relaxa. Amanhã ela esquece! Até porque o dia dos namorados é só um mesmo.

terça-feira, 9 de junho de 2009

Mais cores, por favor.


Estou encantada com esse misto de cores. Quero mais vermelho, mais verde; mais cores fortes. O colorido tem mais vida; tem mais alegria. O colorido me traduz mesmo quando estou no preto e branco. Elas vibram. Esbanjam felicidade. Cores fortes me instigam. Me fazem ser mais espontânea. Desejo tantas cores em minha vida, que só quero as "coisas" ligadas à elas. Jornalismo? Mas por que? Ele me remete a algo preto e branco(se ele já não estivesse enraizado em mim, ainda daria tempo de trocar para a publicidade). Eu nao sou assim. Eu emano cores. Sempre quero mais um rosa ali, um roxo aqui. Por que uma vida simples, se ter uma estravagante é BEM melhor?

domingo, 7 de junho de 2009

Poser (seriedade no trabalho e não na vida pessoal).


Hoje me vi de um lado que jamais pensei estar, e de um modo que jamais pensei ter. Vejo-me séria, autoritária e decidida. Talvez as pessoas (de cargos menores, submissos a mim) me detestem, mas talvez apenas me respeitem graças a essa minha seriedade na vida profissional (que acabei de descobrir). E sabe? Eu quero ser assim. Desejo ser melhor como profissional do que como pessoa. Não posso lhes obrigar a gostarem de mim como sou, mas posso lhes fazer admirar o trabalho que sou capaz de fazer.
Quero pessoas competentes no meu grupo de trabalho. Quero que me tenham como inspiração; que tenham para si mesmos o pensamento: “quero ser ousada como ela; competente como ela; saber impor respeito e mesmo assim ainda ser uma pessoa bacana para se chamar pro ‘choppinho’ depois do trabalho. Sim; eu tenho o perfil exato para ser uma chefe; uma editora-chefe!