quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Gangue obcecada por fama choca o mundo e vira livro

Jovens, ricos, bonitos, baladeiros e…ladrões! “The Bling Ring, A Gangue de Hollywood” é o romance-reportagem, da jornalista Nancy Jo Sales, que conta a história verídica de adolescentes americanos que resolveram dar uma de ladrões de celebridades e acabaram na cadeia em 2010. Inicialmente era apenas uma reportagem, com o título The Suspects Wore Louboutins, para a revista americana Vanity Fair, na qual a escritora trabalha.

Rachel Lee, Nick Prugo e Alexis Neiers são os principais “personagens”do livro. Rachel foi a líder do grupo; Nick foi quem resolveu contar tudo a polícia e Alexis parecia só se importar em conseguir os seus 15 minutos de fama (não interessando por que meio fosse). Uma história que envolve luxo, dinheiro, diversão e celebridades hollywoodianas.

Lindsay Lohan, Paris Hilton, Orlando Bloom e Rachel Bilson são alguns dos que tiveram suas casas invadidas e roubadas por adolescentes imaturos em busca do estrelato. Todos os endereços eram encontrados pela internet, assim como se a casa estaria vazia no dia que planejavam “ir às compras” (era assim que designavam entre eles que iam sair para roubar). Nancy denuncia essa falta de privacidade que vem crescendo com a maior utilização do Google; o modo como a mídia americana transmite um lifestyle dos famosos como se as pessoas tivessem que viver daquele jeito para serem incluídas na sociedade; e a maneira como os adolescentes pensam ser fácil tornar-se uma estrela nos EUA (e fazerem de tudo para tornarem-se uma) com a presença constante de reality shows. Ela consegue, de maneira imparcial, passar ao leitor as conversas, o modo de se expressar e a personalidade de cada um dos integrantes da gangue que entrevistou.

Os verdadeiros Bling Ring. Da esquerda para a direita e de cima para baixo:
Rachel Lee, Diana Tamayo, Jonathan Ajar, Alexis Neiers,
Nick Prugo, Courtney Ames e Roy Lopez

No final das contas não é difícil perceber que todos os jovens envolvidos não queriam o dinheiro que a joias, roupas de grife e relógios Rolex dariam a eles, mas, sim, a fama que tudo aquilo poderia acarretar. 


O livro de Nacy Jo Sales inspirou o filme homônimo de Sofia Coppola estrelado em 2013 por Emma Watson, Taissa Farmiga, Leslie Mann, Israel Broussard e Katie Chang.

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Meu lugar

Cidade natal é, teoricamente, onde nascemos. Mas para mim é onde o meu coração está. É aquele frio na barriga e aquela ansiedade ao chegar no trevo e só pensar nos meus pais, nos meus amigos e na comida que só a mamãe sabe fazer com tanto amor.


Quando penso no meu lugar lembro dos momentos e pessoas mais importantes para mim. É a tranquilidade que a natureza nos traz, mas também a agitação do bar da Janete e das festas do Tênis. São pessoas com as quais tenho histórias sem fim. Histórias de alegria, de drama na adolescência, de amores perdidos, de carnavais passados, de recuperações na escola e de criações de laços.

Foi provavelmente onde constituí as melhores amizades e as primeiras grandes brigas; aqueles “belém-belém” intermináveis de um mês. Foi onde percebi que a primeira amiga que fiz ali, antes mesmo de eu me mudar para lá, já não tinha tanto a ver comigo. Embora exista um carinho enorme é estranho perceber que nossas personalidades tomaram caminhos diferentes. E é lá onde todas essas amizades e histórias estão guardadas.

Ir no feriado ou passar as férias na cidade natal é reviver tudo aquilo. É perceber que no teu quarto de lá ainda tem fotos daquele amigo que você nem conversa mais, ou aquela outra do seu aniversário de 15 anos. É remexer nas gavetas e encontrar diários que mantêm segredos mais detalhados do que os contados para a melhor amiga. É achar aqueles Cds que nunca mais ouviu nada vida; é ainda não ter descolado aquele pôster da porta do guarda-roupa; é achar aquelas cartinhas que as amigas escreveram há 10 anos.

Voltar para lá é reencontrar velhos e bons amigos, que por mais distantes que possam estar naquele momento, sabe que estarão sempre ali por você, e que sempre que se juntarem vão cair na gargalhada lembrando de antigas brigas estúpidas e tombos memoráveis. Carangola é isso. É sorriso na entrada e saudade na saída.