terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Daquelas felizes

Sou daquelas que vão de all star em balada; que quando querem pagar de gatinhas e vão de salto, acabam sempre voltando com ele nas mãos. Sou daquelas que vão à faculdade ao natural, sem maquiagem, sem acessórios. Daquelas que pagam mico e riem eternamente das suas histórias. Sou daquelas que não resistem a um pagode, num domingo de sol, com os amigos. Curto desde uma roda de samba até uma balada eletrônica. Gosto mesmo é de me divertir e divertir quem está a minha volta.

Sou daquelas que quando algum colega vai visitar a minha casa eu falo: “vai entrando e tranca a porta! A cerveja tá na geladeira”. Sou daquelas que têm orgulho de serem brasileiras e não têm a mínima vergonha de fazerem o que dá na telha.

Sou daquelas que dançam sozinhas em casa, com música alta e cantam hits bregas debaixo do chuveiro. Daquelas que, no verão, só saem de havaianas e ficam penduradas na laje pra pegar um bronze. Daquelas espontâneas, sabe? Aquelas que quando percebem já estão rindo na sua cara!

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Retorno de Maria Rita à MPB


Maria Rita lançou no final de 2011 o seu novo álbum intitulado Elo. Depois da sua ida ao samba com “Samba Meu”, pelo jeito ela resolveu voltar à MPB. O disco foi feito como um agradecimento a receptividade dos fãs a pequenos shows sem nome que fez por São Paulo. Elo traz canções clássicas da MPB, como “Menino do Rio”, de Caetano Veloso e “Só de você”, de Rita Lee e Roberto de Carvalho. Pra quem, como todos esses fãs que assistiram a turnê sem nome, sentiu falta de Maria Rita no cenário da MPB, o álbum Elo veio para matar essa saudade.

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

A paixão e o amor

A paixão é muito mais perceptível. Vê-se no brilho dos olhos, na empolgação ao encontrar a pessoa. O amor não. É uma observação a longo prazo. Às vezes confunde-se com a paixão. A grande diferença é que o amor não tem fim. Ele não se põe em dúvida durante uma discussão ou uma mentira descoberta. A paixão vem e vai. Quando volta faz o amor muito mais completo. Dá aquela intensidade que faltava. A paixão surpreende! Tira o amor da rotina. Talvez até uma rotina de novidades, mas sempre os mesmos tipos de novidades. O amor segura, protege, estabiliza a relação. A paixão é avassaladora. Dá vontade de ter aqui e agora. O amor espera, acalma, aconselha. A paixão é um pouco egoísta. Seus desejos são a causa dela existir. O amor partilha. Pensa-se sempre no outro antes de você. Por vezes embaralha-se com o que é bom pra você. Mas a verdade, é que quando se dá essa confusão, talvez seja porque os dois precisam da mesma coisa; o que é bom pra um também é pro outro. A paixão sustenta o amor. Por ser egoísta vive sozinha. O amor não. Para sobreviver, a paixão tem que dar o ar da graça de vez em quando tirando o amor da monotonia e reacendendo o sentimento que, na verdade, nunca esteve apagado.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Plano B

Essa é uma videoreportagem sobre o Bombocado, um grupo de pagode formado em 2007 por amigos. Os meninos que começaram a tocar por diversão acabaram se tornando o grupo de pagode com maior evidência em Juiz de Fora e região.

Hoje eles têm uma programação fixa no Paddock e no Bar da Fábrica, além de estarem sempre marcando presença nas chopadas da cidade. Para quem curte esse estilo musical vale a pena conferir o trabalho deles. O maior show que terão agora é a abertura do último show do Exaltasamba em Juiz de Fora, que será no dia 26 de novembro. Os ingressos já estão à venda e o lote vai mudar a partir do dia 15 de novembro. Quem se interessar pode entrar em contato comigo.

Para conferir a videoreportagem acesse:

http://www.youtube.com/watch?v=QX5usnqVLKU

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Com todo o meu amor...

Se conheceram enquanto ele só tinha o surf na cabeça. Era o que praticava quase todos os dias do verão quente da Europa. Ela vivia outro mundo, outra estação, outro cotidiano. Lutava para continuar empregada; a sua maior preocupação era se iria ter festa boa para ir aos finais de semana. Tudo andava bem do lado de cá. Acho que do lado lá também.

Ele estava empolgado com a prancha nova que comprara. Deslizava mais rápido sobre as ondas. Ela provavelmente estava se arrumando pro pagode de domingo, fazendo o "esquenta" para a exposição de Bicas, ou entrando numa carona para Carangola.
Ele ouvia Bob Marley, Incubus e Sensi. Ela não parava de escutar John Mayer, Katchfire e Exaltasamba.
Ele ficava aflito por ter que fazer a própria comida. Seu arroz nunca estava no ponto certo. A opção era spaghetti à bolonhesa quase todos os dias. Ela se preocupava por não comer alimentos saudáveis. Cadê o feijão, as verduras e os legumes? Arroz, batata frita e bife com cebolas era o mais frequente. Pensava mesmo em fazer uma vídeoaula para ensiná-lo a fazer o arroz.
Ele é poliglota. Morou em muitos países. Quer a ensinar a dançar salsa e a surfar. Ela sempre o pede ajuda com os deveres do inglês e do italiano. Quer estudar fora; Conhecer outras culturas, outros povos e principalmente, valorizar o seu currículo como jornalista.

Ela o ensinava o funk pela webcam. Ele quase tinha um infarto do outro lado.
Ele tem planos de fazer faculdade de educação física. Está juntando dinheiro para, quem sabe, começar ano que vem. Ela tem planos de fazer pós, de ter o seu próprio negócio. Não vê a hora de se formar logo.
Ele vivia férias obrigatórias. Eram festas às sextas e aos sábados sempre com David, Euclides e Rogério. E uma atriz amarrada ao seu pé. Ela estava mergulhada em trabalhos no estágio, nos cursos e na faculdade. Atolada até a cabeça. E um namoradinho que não largava do seu pé.
Ele não beijava ninguém. Ficou traumatizado depois das exs. Ela tentava curá-lo. Praticamente a sua psicóloga particular. E beijava. Beijava muito. Estava mesmo na fase "tô solteira e ninguém vai me segurar".
Ele não acreditava em Deus, nem mesmo no amor. Ela rezava todos os dias antes de dormir e pedia pelo bem dele. Vivia sonhando em um dia amar e se entregar.
Ele cantara "half of my heart" debaixo do chuveiro, enquanto John Mayer cantava pela rádio no mesmo instante. Disse que era a música deles. Depois disso ela nunca mais ouviu "haf of my heart" da mesma maneira.
Ele a fazia rir. E ria muito das piadas dela também. Um não admitia que o outro era o mais engraçado. Talvez porque estivessem em pé de igualdade e nem soubessem disso.
Ele vivia a euforia de ter arranjado outro emprego. Já estava ficando sem dinheiro. Também não podia ser por menos; Festas e mais festas regadas a Sagres e vinhos. Ela vivia os altos e baixos da profissão. Uma hora com dois estágios, outra com uma entrevista em emissora de tv, outra já apenas com um estágio e mais nenhuma outra proposta em aberto.

Ela estava na expectativa do tal presente de aniversário que ele mandara por correio. Ou melhor, tentara mandar. Ele, aliás, foi o primeiro a lhe desejar parabéns. Guardara um restinho de crédito no celular especialmente para utilizá-lo nesse dia.
Ele agora já não precisa mais fazer a própria comida. A mãe voltou a morar com ele e com o pai. Já não tem mais a liberdade dentro de casa que tinha antes. Mas continua a andar de boxers preta pelos cômodos. Ela continua dividindo apartamento com a sua amiga. Pretende melhorar a alimentação. Elas passarão a malhar e se alimentarem de comidas saudáveis. Mas só a partir da segunda-feira, ok?
Ela parou de beijar qualquer um. Bêbada, dava foras nos outros caras dizendo que gostava de outro. Esse outro tinha nome e sobrenome. Ele ficou feliz quando ela o contou que fez isso. Ela se surpreendeu com o seu próprio gesto. Ali havia a certeza de que ela mudou. Agora já tinha alguém que a segurasse. E o mais impressionante é que ela queria isso.
Ele sonha com ela na cama, no ofurô e até mesmo num almoço em família. Ela sonha com ele de boxers preta batendo à sua porta e saindo com ela para um bar. Isso é o que eles sonham dormindo. Pois acordados têm muito mais sonhos a serem tocados.
Ele prometeu deixar o cabelo crescer e a barba mal-feita, assim como ela gosta. Ela afirmou que cortaria a franja como ele a pediu.
Ela planeja passar uma semana, a última de Dezembro, com ele e com a melhor amiga, a prima. Ele faz planos. Diz que vai levá-la para comprar um daqueles casacos pesados que não se usam por aqui, no "país tropical, abençoado por Deus". Quer sair pra jantar, dormir de conchinha, levá-la à discoteca. Quer apresentar-lhe um mundo bem diferente do dela. Quem sabe ela gosta e fica.
Pra sempre.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

"A maior prova de amor é ter liberdade para ir, saber o caminho de volta e QUERER voltar."

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Agora sim, é você!


De ontem para hoje – em 24hs – mais de 100 mil pessoas no Brasil aderiram ao protesto contra a violência infantil e trocaram as suas fotos do perfil por um desenho animado ou de quadrinhos que mais gosta. O protesto que acabou virando uma grande diversão entre os usuários, que estão se sentindo em plena programação do Cartoon Network, se mostrou uma demonstração da personalidade de cada um.
Entre os meus amigos vejo desde a Cinderela até o Naruto. As mais delicadas e meigas, claro, são sempre uma princesa ou fada. A maioria dos meninos não foge de desenhos como Dragon Ball Z e Cavaleiros do Zodíaco. Até aqueles que escolheram algo que não tem nada a ver com eles, eu percebo um tom de sarcasmo por trás da imagem. O que de uma forma ou de outra, mostra exatamente o que são: brincalhões e engraçados.
Confesso que os desenhos que logo me vieram à cabeça foram: “O fantástico mundo de Bob” e “Doug Funnie”. Em comum, reparei que ambos os personagens principais têm uma imaginação fértil e vivem atrás de aventuras através do que as suas mentes são capazes de criar. Incrível! Mas percebi que sou exatamente os desenhos que via. Sempre tive amiguinhos imaginários. Inventava não só pessoas, mas também situações, cenários e falas. Embora fossem os que eu mais gostava e mais se assemelhavam a minha personalidade, eu queria colocar a foto de uma personagem feminina. Foi quando me recordei de uma menininha que vivia aprontando nas telas do SBT, “Punky, a levada da breca”. Assim como ela, eu era uma criança agitada e líder do meu grupo. Não havia mais dúvidas. Esse jeitinho sapeca era a minha cara – principalmente entre os familiares!
Da mesma forma como aconteceu comigo, muitas pessoas devem ter visto um reflexo próprio muito mais real do que a ilusão proporcionada pela sua imagem captada por uma câmera especialmente para foto de perfil. E esses, meus amigos, agora sim, são vocês!