Depois de ficar sete longos anos sem gravar um samba, Maria
Rita volta às suas raízes e diz com orgulho: “não há nada que me faça mais
feliz. É tão encantador. Meu samba, sim, senhor”, na primeira faixa de seu novo álbum.
Tem um pé na bossa, no samba e no pagode, tem a cara do Brasil. O
novo álbum da filha de Elis Regina, intitulado “Coração a Batucar”, mostra o melhor da
cantora e é difícil escolher apenas uma música como a melhor do disco.
Sou suspeita para falar da parceria de Maria Rita com o
samba. Uma amiga me apresentou o “Samba Meu”, e marcou os meus 16, 17 anos. “O
Homem Falou” fez parte da minha formatura do colégio, e me emociona até hoje.
Já batuquei muito cantarolando “pra manter esse corpitcho bacana, acho até que
vou virar marombeira. Corro o calçadão de Copa-cabana de segunda a sexta-feira”.
Só de lembrar daquele álbum um sorriso abre em meu rosto e meus pés e quadril
começam a mexer-se involuntariamente.
Em entrevista ao site O Globo, a cantora falou da sua
ligação com género musical. “O samba me pega de uma forma inconsciente. No
início de ´Rio´, Blue (arara-azul que é o personagem principal
do filme) começa a mexer
o corpo involuntariamente ao ouvir samba. Quando vi aquilo, ri, e Davi (Moraes, músico de sua banda e seu marido) brincou: ´Você se identificou, né?´”.
Essa semana, o facebook oficial da cantora tem lançado o “Coração
a Batucar”. Maria Rita deu entrevistas ao site da Globo, do Estadão, entre
outros, e, para a felicidade dos fãs, já divulgou todas as faixas do disco pelo
site Deezer, estão à venda no iTunes e o álbum chegou a estar no 1º lugar do Top 10 Álbuns, no
iTunes.
Estou ouvindo descontroladamente “Meu Samba, sim, Senhor”, “Saco
Cheio”, “Abismo”, “Nunca se Diz Nunca” e “É Corpo, É Alma, É Religião”.
Destaque para “Saco Cheio” pelo humor fantástico contido na letra, e para “É
Corpo, É Alma, É Religião” que simplesmente gruda na cabeça com as suas letras
fáceis de memorização e o embalo do batuque.
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